De acordo com o estudo da Greener, o que se pode perceber é que o tempo de retorno dos investimentos foi alterado após a entrada em vigor das regras de transição propostas pela Lei 14.300. Contudo, de maneira geral, a diferença não é significativa a ponto de inviabilizá-los.
“Gerar a própria energia elétrica por meio desses sistemas e reduzir as despesas com as contas de luz ainda se mostra um tipo de investimento de alta rentabilidade e baixo risco, frente a outros tipos no mercado de capitais, tais como renda fixa, com baixos riscos mas também com menores rendimentos”, informa a pesquisa.
Segundo a Grenner, para os consumidores que desejam contar com energia solar em suas casas por meio da GD, é importante estar disposto a ter o retorno dos seus investimentos em um prazo maior.
“Porém, tomando como exemplo os casos de residências nas regiões das distribuidoras citadas, o caso mais impactado eleva o payback em menos de 1 ano. O mesmo ocorre com sistemas comerciais que, com valores menores de investimento por kWp, são ainda menos atingidos”.
Além disso, o estudo destaca que a promulgação da Lei 14.300, juntamente com a regulamentação posterior por parte da ANEEL, traz ao setor uma maior estabilidade regulatória e segurança jurídica.
“Dessa forma, o Brasil se torna um país ainda mais atrativo para receber investimentos estrangeiros, aumentar a busca pela geração solar e desenvolver ainda mais o seu mercado”.
Portanto, de acordo com a Greener, quem não conseguiu protocolar seu projeto solar antes do prazo de entrada das novas regras de compensação deve ter em mente que as novas regras de compensação aumentam o tempo de retorno dos investimentos, mas não de forma significativa.
“A possibilidade de participar ativamente da transição energética que ocorre no Brasil e no mundo e de aumentar sua independência como consumidor gerador continuará sendo fortalecida e atrativa por meio do avanço da GD no país”, conclui o estudo.